quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

“Freezer” brasileiro continua estragado

A “arte congelar” não é aplaudida e muito menos bem vinda em um País onde mexer no bolso é crime

Por: JESUS RIOS
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Do final do século XX, ao atual, o Brasil foi alvo de falhas administrativas governamentais. A procura de fôlego, projetos como o Plano Cruzado, de José Sarney (1986), o Plano Collor, de Fernando Collor (1990) e o congelamento das tarifas de ônibus, na cidade de São Paulo por dois anos, ainda na administração do ex-prefeito Gilberto Kassab (2009), revelaram-se enganosos.
Para tentar controlar a inflação 1986 e toda economia do país naquele ano, Sarney optou a seguir a Argentina e Israel com o chamado “Choque econômico”. O chamado Plano Cruzado que estabelecia um congelamento dos preços, salários e passar a moeda, de cruzeiro para cruzado, não funcionou. A população não confiou neste Plano e estocou ao máximo de alimentos e mercadorias, com medo do descontrole da inflação, que chegara a 200% no Governo de Figueiredo.
Collor, foi outro que viu as geleiras derreterem-se aos seus olhos, Foi o fim da “Era Glacial”. Assumiu a presidência em 1990, assumindo as precariedades econômicas brasileira, utilizando-se também o freezer de Sarney para congelar as contas correntes e cadernetas de poupança da população que excedessem 50 mil cruzeiros. O Plano foi aceito pela população através do poder simbólico da mídia e defasado pela mesma ao vê-lo em prática. Prejuízos para os três: População sem dinheiro, mídia sem vendas e Fernando Collor “ferrado”.
Assim como os dois, o atual Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), tomou posse da cidade com os preços das tarifas de ônibus congelados pela administração passada (Gilberto Kassab-PSD). Após dois anos sem reajuste, o que era R$ 3,00 passou para 3,20, ou melhor, passou a 3,20. Ainda não foi concretizado.
Milhares de estudantes, trabalhares e usuários que dependem de ônibus como meio de transporte, protestam contra esse aumento nas principais avenidas, da maior cidade do país, de forma criminosa, violenta, ameaçadora, entre outros adjetivos colocados em prática. O porquê de agirem destas formas? Segundo anônimos policiais antecederam ao poder coercitivo, sem precisão, e já que é um por todos e todos por um... Até a quinta-feira (13), havia ocorrido o quarto dia de protesto, e o mais violento por parte dos polícias.
No Brasil brasileiro, o jeitinho é de todos. De autoridades aos mais simples aglomerados. Esta faz a diferença, derruba Planos, Governos e tarifas. O grito de um não faz tanto barulho ao de milhares, geram uma orquestra. A “arte congelar” não recebe aplausos, não faz a cara verde e amarela. Mesmo assim, a insistência se faz presente no País onde mexer no bolso do cidadão é crime. “É Brasil. É Brasil brasileiro”.


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